Você já percebeu que para fazer uma pergunta que faça sentido ao seu paciente você deve estar conectado a ele?
E você sabe como é possível se conectar ao seu paciente?
Para isso, você precisa aprender a acionar o seu eu observador para observar a sua postura e a postura do seu paciente
Vamos entender um pouco melhor?
Exemplificando: Você em uma sala de cinema. Você vendo a tela de cinema onde o filme é projetado. Isso pode ser comparado a projeção que fazemos em nosso paciente. Observar o filme, é observar o papel que nós representamos, pois esse é o filme da nossa vida.
Qual o papel que eu uso em minha vida? Protagonista, antagonista, coadjuvante ou figurante nos scripts que eu represento?
Qual o filme que passa na minha vida? Suspense, ficção, comédia, guerra, romance, aventura, drama ou terror?
Quando estou associado ao papel que represento é importante entender eu naquele momento, onde estou fazendo uma representação. E o problema surge quando transfiro a representação deste papel ao meu paciente.
Outro passo é quando eu estou sentado na frente dessa tela e dessa projeção e me engancho, hipnotizado ou associado ao filme que está passando. Então começo a sentir, perceber e me incomodar, me envolvendo com a história da minha própria vida. Isso significa que estou enganchado com a minha própria vida. E quando isso acontece em relação ao paciente, isso provavelmente não vai ajudar, pois o paciente traz um contexto que eu ainda não sei lidar nem na minha própria vida e desta forma não tenho como ajudar efetivamente
O terceiro ponto é quando eu estou na cabine projetando o filme e eu observo o filme, me observo assistindo o filme e também me observo atuando no filme. É uma projeção que eu faço. Ali eu tenho uma condição melhor de observar o filme e ver o que ele está mobilizando na pessoa que está assistindo.
De qualquer forma, eu atuando, representando, assistindo enganchado ou projetando esse é o que é menos saudável no papel terapeuta paciente.
Eu preciso aprender a estar no papel de observador.
O que o observador faz?
Ele vê a projeção, a cabine de projeção do filme, vê a pessoa sentada assistindo o filme sendo projetado. Como o eu observador está analisando a história atrás da história.
Nesta posição eu sei fazer perguntas que faz sentido para a vida do paciente, que mobiliza ele a compreender o que está acontecendo com ele, que dê a ele um sentido para buscar sua transformação pessoal
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Joana Ribeiro e Eduardo Tão – Spaço Alternativo