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Absorver não significa assimilar. Assimilar não necessariamente significa absorver.

Absorver significa:

Aceitar, superar, introduzir no estômago ao comer ou ao beber, fazer com que se esgote, se acabe, atrair. (Espírito, pensamento, atenção de alguém) totalmente para si, ou concentrar(-se) em, reter no corpo efeito dos golpes recebidos. Esta breve explicação está descrita no dicionário UOL.

Assimilar significa:

Apropriar-se de (conceitos novos); incorporar (idéias, costumes); aprender, integrar-se (a), Bioq. Transformar (uma substância) em outra; absorver; anabolizar, tornar(-se) semelhante, similar. É o mecanismo que o sujeito aplica para procurar compreender o mundo. Todas as coisas, todas as idéias (dele e dos outros) tendem ser explicadas. Inicialmente, pelo próprio sujeito em função de seus esquemas ou estruturas cognitivas até então construídas.

Piaget diz: “pela assimilação, quando o sujeito age sobre o objeto este não é absorvido pelo objeto. Mas o objeto é assimilado e compreendido como relativo às ações do sujeito… desde as coordenações mais elementares encontramos na assimilação. Uma espécie de esboço ou prefiguração do julgamento: o bebê que descobre que um objeto pode ser sugado. Balançado ou puxado se orienta para uma linha ininterrupta de assimilação, que conduzem até as condutas superiores. Que usa o físico quando assimila o calor ao movimento ou uma balança a um sistema de trabalhos virtuais.”

Desta forma, devemos entender que é extremamente importante absorvermos quanto assimilarmos seja uma experiência, seja aquilo que nos alimentamos.

O interessante é que nem sempre ocorre a assimilação pura. Uma situação nova pode provocar perturbação quando nos deparamos com uma característica da experiência que não corresponde com as nossas hipóteses. Possíveis de interpretação, pela forma com o qual interpretamos o mundo.

O nosso sistema nutricional depende do bom funcionamento destes dois aspectos, tanto o de absorção quanto o de assimilação. A função do estômago e do Baço-Pâncreas digere tanto aquilo que nos alimentamos organicamente (alimentos). Bem como, com aquilo que nos alimentamos pela vida (adversidades).

Quando os nossos processos nutricionais estão desajustados, não adianta nos alimentarmos apenas por uma forma. Seja pelos alimentos ou pela vida, não conseguiremos nos nutrir sem os dois estarem em pleno funcionamento.

Como o homem tem a capacidade de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo positivo ou construtivo. Quanto mais fortalecido estiverem seus aspectos nutricionais, com maior facilidade estará apto para digerir a vida e seus componentes.

Precisa claramente responder a seguinte questão:

Qual a qualidade do que busco para me nutrir?

Sejam em meus relacionamentos
Seja na minha vida
Seja no meu trabalho
Sejam nos meus problemas
Seja naquilo em que me alimento

Como o homem é o catalisador de tudo que pensa e de tudo que se alimenta.

O homem deve observar suas respostas pensênicas em suas ações nutricionais. Compreendendo que a razão e a emoção vão influenciar diretamente a absorção. Ocasionando uma melhor assimilação ou uma patologia a ser a partir daí alimentada.

Se não for assimilada, ela vai ser absorvida pelo estômago e Baço-Pâncreas. E esta absorção será tóxica, pois não foi assimilada previamente. Precisamos entender que a absorção e a assimilação dependem do domínio das emoções para poder melhor absorver e assimilar os acontecimentos, sentimentos, energia e nutrientes da vida.

Ou buscamos nossa desintoxicação orgânica ou estaremos fadados a não nutrirmos nossos corpos com a vida que recebemos e ficaremos adormecidos e criaremos situações patológicas perante a vida e aos acontecimentos em nossos relacionamentos pessoais e interpessoais.

Eduardo Tão – Spaço Alternativo